Você conhece Alice Munro?

A escritora canadense Alice Munro (Foto: Divulgação/Cia das Letras)

Biografia
A escritora Alice Munro nasceu em 10 de julho de 1931 em Wingham, no Canadá. Ela é autora de diversos livros de contos, traduzidos para mais de dez idiomas e foi a ganhadora do Nobel de Literatura em 2013.

Segundo o comitê da premiação, Munro é “mestre da narrativa breve contemporânea” e “aclamada por sua narrativa afinada, que é caracterizada pela clareza e pelo realismo psicológico”.

Alguns críticos a consideram “a Chekhov canadense”, em referência ao escritor russo Anton Chekhov, por seus contos serem centrados nas fraquezas da condição humana.

“Eu sabia que estava na disputa, sim, mas nunca pensei que venceria”, disse Munro à agência The Canadian Press, em Victoria.

Entre os numerosos prêmios literários recebidos ao longo de sua carreira, destaca-se o Man Booker Prize, em 2009.Entre suas obras mais conhecidas estão “Fugitiva” (2006), “Felicidade demais” (2010) e “O amor de uma boa mulher” (2013).

Ela começou a estudar Jornalismo e Inglês na University of Western Ontário, mas interrompeu os estudos quando se casou em 1951. Junto com seu marido, ela se mudou para Victoria, em British Columbia, onde o casal abriu uma livraria. Seu primeiro livro foi publicado em 1968, com o título “Dance of the happy shades”, que recebeu bastante atenção no Canadá.

Três dicas de livros de Alice Munro:

5a253bd5-ab4e-4be9-a347-69e7084deaf2“Uma história de ninar, em que todos os detalhes eram importantes e precisavam ser acrescentados a cada vez, e isso com relutância convincente, timidez, risinho, que safada, que safada.” Trecho do conto que dá título à Fugitiva, coletânea de narrativas de Alice Munro, essa frase, calculada e ao mesmo tempo natural, sincera, sem amarras, poderia representar bastante, como um objeto visto por lente de aumento, a prosa da autora canadense: histórias de ninar, cheias de detalhes pessoais e próprios de intimidades, de momentos em que se está livre do olhar de um terceiro.

Vencedora do Nobel de Literatura de 2013, Alice Munro apresenta em Fugitiva as obscuras e frágeis fundações de relacionamentos, de descobertas juvenis ou tardias, de enfrentamento ou aceitação de mistérios no universo feminino. As mulheres de Munro, e especialmente neste livro, se encontram em constante questionamento: a idade, o trágico e o belo de correr atrás de um homem que acaba-se de encontrar no trem, a insegurança e o desejo em forças opostas na relação entre marido e esposa.

Cada conto se desdobra em movimentos que geram uma reação inesperada, como nas histórias de ninar, em que tudo reside calmamente até que surge o elemento desequilibrador. Que, mais do que pôr a própria narrativa em xeque, deixam cada personagem fora de órbita, atraídos e repelidos por forças que nem eles, tampouco o narrador, sabem a origem. O cenário, apesar de ser sempre o do norte canadense, se transporta para aquela esfera universal que faz de uma obra literária um clássico atemporal.

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Como nas demais coleções de contos da autora, mestre da forma breve, nos vemos diante de personagens que caminham nas beiradas da existência, arrancadas de seu cotidiano por golpes incisivos do destino e da loucura. Mas este ‘Vida querida’ tem um diferencial que o coloca num nível novo; a última parte do livro traz as quatro únicas narrativas autobiográficas já publicadas por Munro, que emprega toda a sua habilidade literária para rever sua vida, além de refletir sobre o ato de narrar, a ficção e os temas que regem sua obra – memória, trauma, morte. Vida – vida.

12865_ggPrêmio Nobel de Literatura 2013.

Em O amor de uma boa mulher — publicado originalmente em 1998 e vencedor, nos Estados Unidos, do National Book Critics Circle Award —, Alice Munro oferece ao leitor mais uma fornada de seus contos de fôlego, marcados pela destreza dos planos cinematográficos e pelo olhar duplo, ao mesmo tempo panorâmico e intimista. A canadense fez das pequenas cidades espalhadas pelo condado de Huron o território privilegiado de sua ficção e detecta nas franjas do meio rural aqueles indivíduos de algum modo deslocados da norma. A velhice, a doença, o transtorno mental ou a simples diferença com relação à maioria pontuam os textos.

Em Munro, há uma intuição de que a condição feminina se conecta por vários caminhos com a marginalidade. Uma personagem do conto “Jacarta” sobrevive dando aulas de ballet depois que o marido jornalista supostamente morre num país distante, a protagonista de “Ilha de Cortes” deseja ser escritora, mas fracassa, Pauline, a jovem mãe de “As crianças ficam”, tem uma aparência peculiar que a faz ser convidada para interpretar o papel de Eurídice numa montagem teatral amadora, experiência que irá transformar a sua vida.

A Hora da Estrela – Clarice Lispector

A história da nordestina Macabéa é contada passo a passo pelo escritor Rodrigo S.M., alter-ego de Clarice Lispector, de um modo que busca permitir aos leitores acompanhar o seu processo de criação. O autor faz o relato da vida triste e sem perspectiva da alagoana Macabéa, pontuada com as informações do ‘Você sabia?’ da rádio Relógio, sinistro metrônomo a comandar o ritmo de seus últimos dias de vida. Para a cartomante Carlota, a quem Macabéa procura em busca de um sopro de esperança, esses dias derradeiros deveriam ser coroados com o casamento com um estrangeiro rico. Mas, ironicamente, Macabéa termina sob as rodas de um automóvel de luxo Mercedes-Benz.

Canal Nina e suas Letras
Vídeo explicativo do Projeto Mindlin
Nina e suas letras: Vamos ler ” A hora da estrela”

Indicação :
Em Cena – Produção da Globo sobre o livro com direção de Guel Arraes e Regina Casé

 

 

Diálogos Impossíveis – Luis F. Veríssimo

Você já  criou um grande desafio literário para 2017? Eu engatei na ideia do Canal Livrada (youtube) e vou participar cheia de coragem. Veja os tópicos deste desafio e arrisque!!

Desafio Livrada 2017

1- um vencedor do Jabuti
2- um livro japonês
3- um livro que explore o erotismo
4- um roman à clef
5- um livro com um protagonista detestável
6- um livro triste
7- um autor que você já conheceu pessoalmente
8- um livro com engajamento político
9- um livro que você ganhou de um amigo
10- um romance psicológico
11- um livro escrito antes do renascimento
12- um livro já resenhado pelo Livrada!
13- um livro de correspondência
14- um livro que se passa em lugar em que você já esteve
15- vida e Destino

Veja o vídeo original do Livrada

Resenha: Não foi Suicídio – Juliana Rioderguz

Olá meus amigos, venho lhes apresentar um livro que está numa excelente pontuação no ranking do Wattpad. Para quem ainda não conhece, esta plataforma possibilita muitos escritores divulgarem seus trabalhos de forma gratuito e independente para o grande público. Auxilia assim, leitores ávidos como eu, em encontrar novos textos e títulos alternativos cheios de potencial.

44632418-368-k872208Sinopse:

Belina vê sua vida virar do avesso ao presenciar um suicídio. Frio, rápido e sem explicação.
Uma jovem se joga do topo de um prédio, tendo seu corpo perfurado pelos cacos de vidro da calçada. Ninguém entende como uma jovem no auge de sua vida era capaz de cometer o ato.
Mas o que aparentava ser um mero suicídio, se revelou maior do que isso. Belina se vê diante de um assassino de força sobre-humana, capaz de levar a mente de suas jovens vítimas à loucura, torturando-as profundamente em sua psique.
Agora, ela deverá correr contra o tempo para descobrir como parar o temeroso assassino e seu cão maldito, antes que seja tarde.

Avalon High – Meg Cabot

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VALON HIGH pode não ser exatamente o lugar onde Ellie gostaria de estudar, mas até que não é tão ruim assim. Uma escola americana normal, freqüentada pelos mesmos tipos de sempre: Lance, o esportista; Jennifer, a animadora de torcida; e Will, o presidente da turma, jogador talentoso, bom moço… e muito charmoso!

Mas nem todos em AVALON HIGH são o que parecem ser… nem mesmo Ellie, como ela logo vai descobrir. Depois de um esbarrão durante uma corrida no parque, os destinos de Ellie e Will parecem estar irremediavelmente entrelaçados.
Ela começa a notar uma série de estranhas coincidências entre o seu cotidiano e a lenda do Rei Arthur – nomes similares, triângulos amorosos, sociedades secretas – mas qual seria seu verdadeiro papel nessa história? Como em Camelot, estariam seus novos amigos fadados a um trágico destino? E pior, o que ela pode fazer para impedir que uma profecia milenar se cumpra mais uma vez?
Misturando fantasia, história e romance, Meg Cabot acerta mais uma vez. Uma versão inteligente e bem-humorada da lenda arthuriana.

O livro também inspirou a produção disney.

Não é de hoje que grandes obras literárias ganham suas versões cinematográficas. Mas, talvez, uma das histórias mais reproduzidas, tanto nos livros quanto na TV, ou no cinema, seja a do Rei Arthur e de seus cavaleiros da Távola Redonda. Teoricamente, não há uma versão considerada “a original” da lenda, uma vez que há ainda muitos detalhes a serem descobertos e/ou decifrados.

A história apresentada por ‘Avalon High’ (filme que a Globo exibe em HD) traz uma ideia contemporânea para o mito do Rei Arthur tirada justamente de outro romance baseado no personagem, escrito por Meg Cabot, autora da aclamada série ‘O Diário da Princesa‘ (que também virou filme) e um dos principais nomes da literatura infanto-juvenil.
A história da adolescente Allie Pennington que se vê envolvida numa profecia relacionada à reencarnação do lendário Rei Arthur nos dias atuais arrebatou leitores do mundo inteiro, e o livro é considerado por muitos como um dos melhores da escritora. Foi criada uma continuação para a história em forma de mangá, intitulada ‘Avalon High: A Coroação’ com três volumes: “A Profecia de Merlin”, “Homecoming” e “Hunter’s Moon”.

montagem avalon high 606 2 (Foto: Divulgação)Meg Cabot é uma das principais (e mais queridas) autoras de livros infanto-juvenis (Fotos: Divulgação)

Como toda adaptação de uma obra literária, a versão do filme apresenta algumas alterações em comparação ao livro, que foram descritas como necessárias para o padrão televisivo e entendimento do público (uma vez que a produção é um filme original do Disney Channel e foi lançado especialmente para a TV).

Confira o trailer

3-estrelas Fica a dica.

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Vídeo Resenha: Armadilha – Melanie Raabe

Melanie Raabe nasceu num vilarejo da Alemanha, especializou-se em mídia e literatura geral. Passou a trabalhar como jornalista e, secretamente, começou a escrever livros à noite. Armadilha é seu romance de estreia, cujos direitos foram adquiridos por editoras de 14 países e pelo estúdio de cinema TriStar Pictures.

Sinopse:   Linda, uma escritora best-seller, vive reclusa em sua casa à beira de um lago desde o assassinato de sua irmã mais nova há doze anos. O assassino nunca foi pego, mas Linda o viu de relance, e agora ela acaba de reconhecer seu rosto na TV. Ele é Victor, um brilhante jornalista. Pensando numa saída para pegá-lo, ela escreve um best-seller baseado no assassinato da irmã e concorda em conceder uma única entrevista à imprensa, em sua casa, para Victor. A partir daí tem início um embate perturbador. Cheio de reviravoltas, tensão e terror psicológico.