Casa Cláudio de Souza recebe Marcia Zanelatto no segundo aniversário do Clube de Leitura Leia Mulheres

O Clube de leitura Leia Mulheres, em comemoração ao seu 2º aniversário, no dia 05 de setembro, das 18h às 22h, realizará na Casa de Cláudio de Souza, subunidade do Museu Imperial, um colóquio literário. Dessa vez, a autora, dramaturga, roteirista e diretora de teatro Marcia Zanelatto falará sobre seu percurso como autora e os desafios encontrados pelas mulheres na literatura. O evento, que é gratuito e aberto para o público de todas as idades, contará, ainda, com a apresentação do cantor e instrumentista Guido Martini da Tribo de Gonzaga.

O encontro, que ocorre sempre nas primeiras quartas-feiras de cada mês, tem como objetivo trocar ideias e impressões sobre leituras previamente realizadas, além de valorizar as escritoras trazendo e promovendo o equilíbrio e, dessa forma, minimizar a desigualdade de gênero na literatura.

 

Esse movimento teve como precursora a escritora britânica Joanna Walsh, que criou esse projeto com foco em ler e discutir apenas obras produzidas por mulheres.  Segundo Walsh, devemos ler obras de escritoras e valorizar as profissionais do mundo editorial apreciando seus artigos.

 

Inspiradas nessa iniciativa, as brasileiras Juliana Gomes, consultora de marketing, e as jornalistas Juliana Leuenroth e Michelle Henriques, criaram o clube de leitura com o mesmo nome no Brasil. O primeiro encontro ocorreu em março, em São Paulo. Posteriormente, o projeto percorreu várias cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte, até chegar a Brasília. Atualmente, trinta cidades acolhem o projeto, sendo Petrópolis a vigésima nona.

A Casa de Cláudio de Souza fica na Praça da Liberdade, 247, Centro, Petrópolis. Além dos eventos que recebe e organiza, o espaço, que é uma subunidade do Museu Imperial, está aberto para visitação gratuita de terça a sexta-feira, das 11h às 18h. Para mais informações, entre em contato pelos telefones (24) 2231-5156 e (24) 2231-4722 ou pelo e-mail mimp.casaclaudiodesouza@museus.gov.br.

 

 

SOBRE A PALESTRANTE:

Márcia Zanelatto foi diretora da Companhia de Theatro Dança, de 1996 a 1999, com a qual fez os espetáculos “Afeto”, de Tereza Amoedo; “Marilda”, “Adão, “A história da culpa” e “Memorial de Afrodite”, os três últimos de sua autoria.

Foi colaboradora de Domingos Oliveira em vários trabalhos, entre eles os filmes “Juventude” e “Todo Mundo Tem Problemas Sexuais”, a peça “Apocalipse segundo Domingos Oliveira”, além de ter atuado como diretora assistente em diferentes trabalhos.

Escreveu a peça infantil “O caminho do herdeiro griô” para a ONG Se Essa Rua Fosse Minha. Recebeu o Prêmio Shell de Melhor Texto de 2007 com “Largando o escritório”. Escreveu várias peças teatrais, como “A menor orquestra do mundo”, “Confronto” e “Tempo de solidão”. Escreveu as biografias da ativista Gabriela Leite, “Filha, mãe, avó e puta” e “Thammy: nadando contra a corrente – Cartografia de uma transexualidade.

Produz a turnê da peça “Tempo de solidão”, de sua autoria, com patrocínio do Circuito das Artes da Secretaria de Cultura do Estado do Rio; ministra o workshop “O que você precisa saber sobre dramaturgia para escrever suas peças e filmes”, na CAL, e Coordena o curso de produção cultural para artistas da Cidade de Deus no projeto Circuito Itinerante/ Cultura Portátil, realizados pela Gestão Social de FarManguinhos.

Premiações:

Em 2009, recebeu o Prêmio Nacional de Dramaturgia Seleção Brasil em Cena, do Centro Cultural Banco do Brasil, primeiro lugar para a peça “Amar e Conversar”.

Em 2008, Festival de Cinema de Gramado, Kikito de Melhor Roteiro de Longa-Metragem, como roteirista colaboradora de Domingos Oliveira no filme “Juventude”.

Em 2006, Prêmio Shell de Melhor Texto para “Largando escritório”, de Domingos Oliveira, como colaboradora.

 

Crédito da foto: Assessoria de Imprensa da Casa Cláudio de Souza

Lançamento Entre Pássaros e Cavalos dia 15 de setembro

Biografia dupla narra o processo histórico da fotografia no século XIX e seu papel na constituição do cinema. Livro vem acompanhado de filmes inéditos.

O anos de 1830 e de 1904 marcam o nascimento e a morte de duas figuras emblemáticas da arte e da ciência do século XIX: de um lado, o fotógrafo anglo-americano Eadweard James Muybridge e do outro o fisiologista francês Éttiene-Jules Marey. Quando se conheceram aos 51 anos de idade, se deu um explosivo encontro entre a arte-tecnologia com a ciência experimental e o resultado dessa combinação criou condições para a criação dos fundamentos técnicos do cinema.

Entre pássaros e cavalos – Muybridge, Marey e o Pré-Cinema, é uma biografia dupla que narra a vida desses dois personagens às vésperas do lançamento do cinematógrafo, no ano de 1895. Esta data, é frequentemente reconhecida como o surgimento do cinema, mas hoje se sabe que este não foi um feito isolado e seu deu graças ao trabalho de um grupo de pesquisadores internacionais dentre os quais se destacam Muybridge e Marey. Eles foram importantes personagens do período chamado de pré-cinema, e são associados como sendo os responsáveis por promover à fotografia estática à condição de fotografia cinética.

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O livro conduz o leitor à duas viagens independentes. Tirando proveito das sincronias de idades de seus personagens, o texto narra em paralelo a vida desses dois homens orientado pelos aspectos profissionais de suas carreiras. Os capítulos se interpolam em cenários paradigmáticos do século XIX: ora em São Francisco, cidade onde Muybridge escolheu para viver no “tempo do velho oeste”, e ora em Paris, epicentro da ciência e cultura na Belle Époque, por onde Marey circulava com desenvoltura. A estrutura alternada do livro dá a possibilidade de escolha, a leitura pode acompanhar o relato de cada personagem independente ou se dar através do  conjunto alternado.

Quando Muybridge foi desafiado, em 1878, a fotografar os cavalos em pleno movimento, a fotografia ainda era um processo moroso. Isolado na Califórnia, teve que desenvolver por seus próprios meios os recursos da fotografia instantânea e sequenciada. Suas sequências de imagens de cavalos à uma velocidade de 68km/h exibiram pela primeira vez fotografias registrando as diversas fases do movimento tempestuoso. As séries de instantâneos que Muybridge fez de animais e seres humanos são incunábulos da história do cinema e se mantém como provas da tentativa do homem de aprisionar o tempo por meio de imagens.

Quando Marey viu as fotografias seriadas de Muybridge, percebeu nelas uma perfeita serventia para o estudo científico do movimento. O professor do Collège de France era um especialista na análise do movimento dos corpos, havia criado uma série de instrumentos capazes de fazer medições daquilo que chamou de “máquina animal”. As fotografias de Muybridge inspiraram Marey a utilizar a câmera fotográfica como um instrumento de laboratório e desse modo o famoso fisiologista criou a cronofotografia, técnica sem a qual não haveria o aparato cinematográfico.

A leitura de Entre Pássaros e Cavalos propõem uma visão abrangente do contexto de formação da técnica cinematográfica no século XIX. O ponto de partida está na década de 1830, quando uma série de dispositivos para estudos da visão foram criados. Neste período, surgiu a fotografia (1839), a experiência 3D do estereoscópio (1833) e os objetos cinéticos como o zootrópio (1835). Marey e Muybridge vão se incorporar à história pré-cinematográfica entre 1870 e 90 e farão os principais aprimoramentos para que a fotografia em vidro se repousasse sobre uma película de celulóide.

As biografias de Muybridge e Marey quando postas lado a lado, evidenciam a interferência que tiveram não somente na história das mídias do século XIX, mas também na constituição do mundo moderno. Marey e Muybridge estão intimamente ligados aos processos de transformação social e modernização que marcam o período de apogeu desenvolvimentista da revolução industrial. A influência de seus trabalhos extrapolou os limites da arte e ciência se inscrevendo dentro do contexto da produtividade mecânica. Em última instância, os pássaros e cavalos que dão nome ao título do livro, representam o desejo do homem de dominar o mundo real, seja por terra ou pelos ares, e não por acaso o trabalho de ambos servirá para as pesquisas posteriores quando da invenção de carros e aviões.

Apesar do reconhecimento dos trabalhos de Muybridge e Marey, e das inúmeras publicações e estudos lançados sobre eles no exterior, eles ainda permaneciam inéditos no Brasil. Entre Pássaros e Cavalos é o primeiro livro em língua portuguesa sobre ambos os personagens.  Ricamente ilustrado, o livro conta com mais de 200 imagens reunindo um dos mais fascinantes acervos da história da fotografia. Além disso, o livro vem acompanhado por uma série de vídeos especialmente produzidos por Benedetti. O autor, que é um videoartista, visitou o acervo dos museus de Kingston upon Thames, na Inglaterra e o Musèe Marey, na França, onde coletou imagens e fez entrevistas. Os vídeos são acessados por QR Code (fig. ao lado) podendo ser assistidos em celulares, tablets ou computadores e contam com a participação de especialistas como Stephen Herbert, Marta Braun e Laurent Mannoni, diretor técnico e científico da Cinemateca Francesa.

  

Raimo Benedetti

É videoartista, montador de filmes cinematográficos e pesquisador. Dedica-se ao estudo da arqueologia das mídias desde 2010. Ganhador do Rumos nos anos 2009 e 2013, foi bolsista do centro de arte contemporânea Arteleku na Espanha. Há cinco anos organiza o curso Pré-Cinema, que ministra regularmente no Atelier Paulista (São Paulo), tendo passado por universidades e instituições artísticas como USP, Instituto Tomie Ohtake, SESC e Barco. Reconhecido por seu trabalho com cinema experimental, já produziu dezenas de curtas compilado nos DVD Vídeo Experimental lançado em 2015 pela Lume Filmes. Como montador de filmes trabalhou com Fernando Meirelles, Cao Hamburger, Tata Amaral entre outros tendo ganhado prêmios de melhor montagem nos festivais de Gramado e Guarnicê. Benedetti criou em 2013 o espetáculo Cinema das Atrações sobre os primórdios do cinema, que estreou no Festival Live Cinema.

+ info. raimobenedetti.com

  

Lançamento:

Atelier Paulista

Sábado, 15 de Setembro, 19hs

  1. Amália de Noronha, 301, Pinheiros, São Paulo

(próximo ao Metrô Sumaré)

(11) 3082.9217

 

Serviço

Entre Pássaros e Cavalos – Muybridge, Marey e o Pré-Cinema

SESI-SP Editora

Ano: 2018

Páginas: 256

Preço Sugerido: R$ 90

Capa: Brochura

Formato: 23,2cm X 16,6cm

 

Tarrafa Literária tem Djamila Ribeiro

Segundo livro mais vendido durante a Flip deste ano, O que é o lugar de fala?, de Djamila Ribeiro, diz muito sobre o que a literatura pode fazer por cada um. Foi pensando nesse espaço de leitura e reflexão que nasceu 10 anos atrás a Tarrafa Literária, idealizada pelo livreiro José Luiz Tahan (Realejo, livraria e editora). “Numa cidade tão acessível como Santos, e de tantas atrações como a praia e o centro histórico, era mais do que justo pensar também num convite à troca literária”, diz ele.

Santista e feminista, Djamila está entre as convidadas dessa 10ª edição, que traz também aautora sueca Katarina Bivald (A livraria dos finais felizes), o português Pedro Mexia (Lá Fora ) Tiago Ferro (O Pai da Menina Morta), Milton Hatoum (Dois Irmãos) e Mamede Jarouche (tradução Mil e uma Noites), entre outros.

Todas as mesas são gratuitas e acontecem no Theatro Guarany, palco nobre do festival, no Centro Histórico, e a abertura, no dia 26 de setembro, fica por conta do show lítero musical com Zuza Homem de Melo, autor de A História do Samba Canção, no Teatro do Sesc.

Entre as novidades desse ano, Tahan anuncia um homenageado que será lembrado a cada nova edição. Em 2018, Ranulpho Prata, autor de Navios Iluminados será celebrado. “É uma forma de trazer à tona nomes que não fazem parte do imaginário coletivo, mas que fizeram muito pela cidade, pela literatura”, conta o livreiro. Ranulpho foi um médico sergipano que morou na região de Santos na década de 1930. Durante a programação, serão lidos trechos da obra.

Para a realização da 10ª edição, a Tarrafa Literária conta pela primeira vez com o apoio da São Judas Tadeu Campus Unimonte, da Embaixada da Suécia e do Instituto Camões, de Portugal. Nos últimos anos, a frequência média de público foi de 4 mil pessoas para cada edição.

10ª Tarrafa Literária (Santos/SP)

Homenageado: Ranulpho Prata

Nomes confirmados: Manoel Herzog, Tiago Ferro, Milton Hatoum, Mamede Jarouche, Cássia D´Aquino, Christian Dunker, Sérgio Augusto, João Gabriel de Lima, Paulo Roberto Pires, Djamila Ribeiro, Eliane Brum, Katarina Bivald, Giovana Madalosso, Pedro Mexia, Matthew Shirts

Mesas: Theatro Guarany (Praça dos Andradas, 100 – Santos – SP)

Show de Abertura: Sesc Santos (R. Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida, Santos – SP)

Entrada gratuita para toda a programação

Livro-roteiro de Os Crimes de Grindewald será lançado em dezembro

O roteiro de Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald, escrito por J.K. Rowling, chegará às livrarias em português em 1º de dezembro de 2018. A edição brasileira, publicada pela Rocco, acompanhará o projeto gráfico da edição britânica, com capa dura.

A capa foi feita pelo estúdio MinaLima, composto pelos designers gráficos Miraphora Mina e o brasileiro Eduardo Lima. Com a Torre Eiffel em destaque, a arte homenageia Paris, que será o principal cenário do filme. Há também o símbolo das Relíquias da Morte, um cadeado com as iniciais de Nicolau Flamel, criaturas mágicas e itens ainda desconhecidos, como uma joia e uma caveira.

 

Amando Pablo, Odiando Escobar que deu origem a filme é lançado pela Globo Livros

O livro “AMANDO PABLO, ODIANDO ESCOBAR”, livro escrito por Virginia Vallejo e que deu origem ao filme “ESCOBAR: A TRAIÇÃO”, foi publicado pela Globo Livros. Ex-modelo e uma das apresentadoras de TV mais populares da Colômbia, Virginia Vallejo decidiu tornar pública sua história de amor e vingança vivida com Pablo Escobar, de quem foi amante durante seis anos na década de 1980 O longa-metragem, que estreia no dia 23 de agosto, é protagonizado por Javier Bardem, como personagem título, e Penélope Cruz.

Bardem, que além de protagonista é produtor do filme, revela que negou muitos trabalhos para viver o traficante mais famoso do mundo. “Desde 1998 me intrigo com o personagem Pablo Escobar, como pessoa. Pelos últimos 20 anos, me ofereceram vários papéis de Pablo Escobar, mas sempre os recusei porque nenhum passava de um estereótipo” conta o ator. Juntos na vida real e em cena, Penélope Cruz dá vida a Vallejo, uma das mulheres de Escobar, que, eventualmente recebe ameaças de morte por expor a corrupção do governo colombiano.

“ESCOBAR: A TRAIÇÃO” marca o terceiro trabalho conjunto de Bardem com o diretor Fernando León de Aranoa. O diretor também é conhecido pelos filmes “Um Dia Perfeito”, “Princesas” e “Segunda-feira ao Sol”. Para Penélope Cruz, é uma honra trabalhar com o diretor. “Sempre quis trabalhar com Fernando. Admiro seu trabalho há muito tempo. Eu amo ‘Segunda-Feira ao Sol’ e muitos outros dos seus filmes. Quase trabalhamos juntos algumas vezes, mas não deu certo por conta da nossa agenda, e, finalmente, fizemos isso juntos, e ele é tão incrível em cada departamento, mas ele ama os atores. Ele cria algo especial para os atores e tem muito respeito por esse processo”, elogia.

Coprodução entre as indústrias do cinema da Espanha e da Bulgária, o longa foi filmado totalmente in loco na Colômbia, começando no final de 2016. O diretor e roteirista Fernando León de Aranoa considera fundamental ter filmado por lá. “Somos gratos pela oportunidade de poder filmar em alguns dos lugares reais. Foi único para os atores conhecer os lugares onde tudo aconteceu. Em vários casos, visitamos os lugares reais e depois os recriamos em outro lugar do país. O filme se beneficiou muito da imersão, conhecimento local e conhecimento da nossa equipe colombiana”,  conta o cineasta.

SINOPSE

‘ESCOBAR – A TRAIÇÃO’ mostra a ascensão e queda do mais temido traficante do mundo, Pablo Escobar (Javier Bardem) e seu relacionamento perigoso com a jornalista mais famosa da Colômbia, Virginia Vallejo (Penélope Cruz), através de um reino de terror que dividiu o país.

FICHA TÉCNICA DO FILME

Direção: Fernando León de Aranoa
Elenco: Javier Bardem, Penélope Cruz, Peter Sarsgaard
Gênero: Drama
País: Espanha
Ano: 2017
Duração: 123 min
Classificação Indicativa: 16 anos

FICHA TÉCNICA DO LIVRO

Título: Amando Pablo, Odiando Escobar
Autor: Virginia Vallejo
Gênero: Não ficção
Páginas: 396
Formato: 16cm x 23cm
ISBN: 978-85-2506295-6
Preço: R$ 44,90
Editora: Globo Livros

Lançamentos de agosto da Editora Intrínseca

Princípios, de Ray Dalio

Conhecido como o “Steve Jobs dos investimentos”, Ray Dalio é fundador da Bridgewater Associates, a quinta empresa privada mais importante dos Estados Unidos e a mais eficaz gestora de fundos hedge do mundo. Listado pela Time entre as cem pessoas mais influentes de 2012, Dalio compartilha em Princípios suas técnicas, refinadas em quarenta anos de experiência, para auxiliar qualquer pessoa ou empresa a alcançar seus objetivos.

Para Ray Dalio, vida, gestão, economia e investimentos podem ser sistematizados em regras. Entre as centenas de lições do livro, erguidas em torno de seus alicerces de “verdade radical” e “transparência radical”, Dalio oferece uma abordagem clara e direta para a tomada de decisões e ensinamentos valiosos para a formação de equipes sólidas e eficientes.

Leah fora de sintonia, de Becky Albertalli

Leah odeia demonstrações públicas de afeto. Odeia clichês adolescentes. Ela odeia muitas coisas e não tem o menor problema em expor suas opiniões, mas, ultimamente, tem se sentido como se algo em sua vida estivesse fora de sintonia. Como está no último ano do colégio, em poucas semanas vai ter que se despedir dos amigos, da mãe, da banda em que toca bateria, de tudo o que conhece. E, para completar, seus amigos não fazem ideia de que ela pode estar apaixonada por alguém que até então odiava, uma garota que não sai de sua cabeça.

Em Leah fora de sintonia, Becky Albertalli mostra por que é uma das vozes mais importantes e necessárias de sua geração. Com leveza e senso de humor, Becky reafirma a importância da amizade, do respeito e da representatividade na literatura jovem.

Uma certa ideia de Brasil: Entre passado e futuro, de Pedro Malan

Observador privilegiado da realidade política e econômica brasileira, Pedro Malan participou da elaboração, lançamento e implementação do Plano Real e atuou como Ministro da Fazenda durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Por meio dos artigos publicados na coluna que assina desde 2003 no jornal O Estado de S. Paulo, ele parte de sua trajetória profissional e da sólida formação intelectual para analisar de maneira única o cenário político e econômico do país nos últimos 15 anos.

Elencados e contextualizados com os principais acontecimentos na economia e na sociedade nesse período, os textos oferecem um panorama imprescindível para pensar o futuro do país, colocando em perspectiva, sob a ótica de um dos economistas mais importantes do Brasil contemporâneo, um recorte de tempo fundamental para entendermos e avaliarmos com mais clareza o teor dos discursos dos principais candidatos ao governo.

O novo poder, de Henry Timms e Jeremy Heimans

Por que certas iniciativas ganham proporções tão grandes enquanto outras não dão em nada? Em O novo poder, Jeremy Heimans e Henry Timms discutem alguns dos maiores casos de sucesso de nosso tempo — o crescimento de megaplataformas como Facebook e Uber, as vitórias inesperadas de Obama e Trump, o surgimento de movimentos como #MeToo — e revelam o que de fato está por trás de todos eles: a ascensão do novo poder, que não é mais protegido e inalcançável como o antigo, mas aberto, colaborativo e movido principalmente por indivíduos comuns. A batalha entre esses dois modelos é o que determina quem nos governa, como trabalhamos e até mesmo como pensamos e nos sentimos.

Com exemplos do mundo dos negócios, do ativismo político e da cultura pop, passando pela análise de organizações como Lego, NASA e TED, os autores explicam como construir e usar da melhor forma esse novo poder.

Dicas de livros de presente pros pais

Domingo é Dia dos Pais. Eu até tinha me esquecido porque perdi meu pai há 27 anos. É uma data difícil. Vamos enumerar os livros que você pode dar de presente pro eu pai.

 

1- Pai de menina – Marcos Mion

Conheça o pai por trás de Marcos Mion, o maior comunicador de uma geração Você foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. Essa é a frase que todo pai deveria dizer para a sua filha. Você é pai de menina? Em alguns momentos, não é capaz de ser dócil o suficiente com ela? Não sabe conversar com sua princesa? Tem dificuldade em se aproximar e conversar de qualquer assunto? Já aprendeu os nomes dos personagens favoritos dela? Prepare-se: esse livro é para você. Neste livro, Marcos Mion conta sua trajetória como pai da Donatela, a Doninha. Mas mais do que isso, ele constrói um verdadeiro guia para a irmandade dos pais de menina. Além de dar soluções e respostas para as perguntas acima, ele apresentará formas de se aproximar de sua filha, práticas corriqueiras para ter mais contato com ela e principalmente pequenos gestos, atitudes e falas que podem passar despercebidos para alguns, mas que serão a chave para você ser um bom pai todos os dias. Marcos Mion ficou conhecido por sua irreverência e capacidade de comunicação com uma geração inteira. O que nem todo mundo sabia é que, por trás deste grande profissional, existe também um grande pai. Hoje, os seus mais de 8 milhões de seguidores acompanham diariamente a sua dedicação aos filhos e à esposa, como ele coloca, de fato, a família em primeiro lugar. Seja também um #paidemenina e entre para essa irmandade de uma vez por todas.

 

2- Tempos vividos, sonhados e perdidos, Tostão

Qualquer fã de futebol vai curtir a leitura do livro de Tostão. Um dos maiores jogadores de todos os tempos, Tostão foi sempre um ponto fora da curva no esporte brasileiro. Leitor voraz, médico e professor, é um dos poucos atletas que se dedicaram a refletir sobre o futebol. Seja como comentarista ou cronista, suas observações sempre foram muito além do desempenho deste ou daquele jogador. Em Tempos vividos, sonhados e perdidos, ele revê as últimas seis décadas do futebol brasileiro à luz de uma vida dedicada a pensar o esporte. Mais do que uma autobiografia, o livro é um passeio pelos temas e ideias que Tostão cultivou, e dá ao leitor um acesso único não apenas ao jogador, mas também ao espectador, ao torcedor e ao fã.

 

3- Ainda estou aqui, Marcelo Rubens Paiva

Em 1971, o deputado Rubens Paiva, pai de Marcelo Rubens Paiva, foi preso por agentes da ditadura, torturado e morto. Eunice Paiva, casada com o deputado, teve que criar seus filhos sozinhos desde então, sempre à procura do marido desaparecido. Em meio à dor, ela se reinventou. Voltou a estudar, tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente das câmeras. Ao falar de Eunice, e de sua última luta, desta vez contra o Alzheimer, Marcelo Rubens Paiva fala também da memória, da infância e do filho. E mergulha num momento negro da história recente brasileira para contar – e tentar entender – o que de fato ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele janeiro de 1971.

 

4- Imagem Masculina, Alexandre Taleb

Nesta publicação, Alexandre Taleb utiliza sua experiência de trabalho como consultor de imagem e sua formação na área para apresentar informações a partir das quais qualquer homem possa identificar o seu perfil e criar um estilo próprio. São detalhadas rroupas e acessócrios, suas características e usos, e itens essenciais que um homem deve ter em seu guarda-roupa para estar bem-vestido nas mais diversas ocasiões. Também são abordados aspectos relacionados a estilo e etiqueta no mundo corporativo.

5- Escola Brasileira de Futebol, Paulo Vinicius Coelho

Por que o Brasil forma tantos jogadores? O futebol brasileiro é conhecido e admirado no mundo inteiro, mas, por algum motivo, a escola brasileira de futebol nunca foi registrada em nenhum livro. Paulo Vinícius Coelho, o PVC, analisa os diversos esquemas táticos utilizados por times consagrados e pela vitoriosa seleção brasileira, buscando entender como o futebol brasileiro evoluiu ao longo de décadas.
A escola brasileira de futebol é uma mescla de estilos, alimentada por técnicos que fizeram história e que formaram jogadores históricos. O Brasil é, sem dúvida, o país do futebol, e por isso a sua escola precisa ser difundida, tanto pela bola nos pés quanto pelo conhecimento sobre sua teoria.

Perfil do Coração Literário #1: Orígenes Lessa

Vamos, sempre que possível, enumerar um perfil de um autor aqui no nosso espaço. O primeiro contemplado é um autor que marcou a minha adolescência: Orígenes Lessa.

Eu li dois livros dele na escola: Memórias de um Fusca e Memórias de um Cabo de Vassoura. Excelentes livros. Minha professora de português sempre nos mandava ler e era delicioso. pE um autor genuinamente brasileiro e o estilo é de narrativa tipo crônica. Vale muito a pena ler.

Sinopse Memórias de um Fusca: Unindo fabulação e lirismo, Memórias de um fusca introduz questões atuais e muito relevantes, como a necessidade de um trânsito mais civilizado e de motoristas mais prudentes em metrópoles cada vez mais superpovoadas de automóveis.

Este livro traz a autobiografia de um fusca, que narra sua vida, desde a saída da linha de montagem, seus sofrimentos nas mãos de um motorista barbeiro e desastrado, sua paixão por uma Belina, seu furto por um bando de marginais, a permanente agitação de sua vida e até uma colisão dramática, que por pouco não o levou “à morte”.

Uma fábula moderna, para comover e educar, escrita no estilo ágil e leve, tão característico de Orígenes Lessa, autor de outros clássicos da literatura infantojuvenil brasileira, como Memórias de um cabo de vassoura e Confissões de um vira-lata, publicados também pela Global Editora.

 

Sinopse Memórias de um Cabo de Vassoura: Mais uma vez Orígenes Lessa surpreende o leitor por sua originalidade em criar histórias bem-humoradas e profundamente reflexivas e críticas. Nesta, o narrador/personagem, um cabo de vassoura lúcido e sábio, conta sua trajetória desde que o arrancaram de uma árvore até sua trágica incursão no mundo dos homens. Com muita graça, esta narrativa irônica e dinâmica prende a atenção do leitor que, pela voz do protagonista, é levado a rever questões essenciais da natureza humana e a refletir sobre a construção de uma sociedade mais justa e mais solidária.

O homem é o maior amigo do cão… Há um pouco de ironia, é claro, nessa verdade. A coleira que o diga. Poucos animais têm como o homem, o instinto da propriedade, o sentido de posse. Pelo que eu observei, ao longo do meu latir pela vida, a frase devia ser modificada: o homem é o maior do seu cão. Gosta do que é dele, raramente suporta o dos outros.

 

Outros livros de Orígenes Lessa: O Feijão e o Sonho, Letras Falantes e O Edifício Fantasma.

Bienal Internacional do Livro de São Paulo começa hoje, dia 3

Não é o melhor dos tempos para o mercado editorial, longe disso. Mas a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que abre suas portas para o público hoje, 3, e segue até domingo, 12, surge como uma esperança neste momento de crise, de encolhimento e de calotes. É a chance de as editoras venderem seus livros diretamente para o leitor.

E o leitor pode, sim, esperar bons descontos desde o primeiro dia – e não só no final, como sempre. As placas de promoção se espalham pelo Anhembi e mostram que os descontos vão além dos saldões.

“O mercado está difícil, as editoras estão com dificuldade de receber. Então, essa é a hora de refazer o caixa, faturar”, diz Luiz Antonio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro, que promove a Bienal. A expectativa é, então, de um grande volume de vendas – na última edição, o ticket médio foi de R$ 121,98 e cada visitante comprou em média 6,11 livros, segundo dados oficiais. Mas, primeiro, será preciso pagar a conta. Estar na Bienal não é barato. Uma editora mediana gasta entre R$ 500 mil e R$ 700 mil.

Serão 197 expositores, contra 280 em 2016. Uma das ausências mais significativas é a da Livraria Saraiva, tradicionalmente dona de um dos maiores estandes do pavilhão. Assim como a Livraria Cultura, a rede não está conseguindo pagar o que deve aos fornecedores, complicando ainda mais a situação das editoras que já vinham sofrendo com a queda na venda de livros.

Há quem participe pela primeira vez, como é o caso da HarperCollins Brasil, que em 2017 se separou da Ediouro, parceria que facilitou a chegada do gigante grupo editorial ao País dois anos antes. “A participação na Bienal é, na verdade, um retorno e um investimento institucional, ou seja, na marca, no contato direto com o público. É um momento em que a editora tem o seu ‘dia de livreiro’ e pode escutar, ver e sentir o que interessa às pessoas”, comenta Daniela Kfuri, diretora Comercial e de Marketing da editora.

Além de descontos e novidades, o visitante terá uma ampla programação cultural, com 291 autores nacionais e 22 estrangeiros.

 

Fonte: Estado de São Paulo

Eu, John Green e os infinitos dentro de nós

 

Por Leticia Vallecito

 

Existem histórias que passam rápido, outras que ficam por um tempo, mas tem aquelas que nunca realmente vão embora, que nos acompanham desde a primeira leitura até as adaptações cinematográficas e que nos deixam morrendo de vontade de ler todos os livros do autor. Certa vez, um escritor entrou na minha vida em forma de metáforas, amor e lágrimas, and this, kids, is How I Met John Green (caso não tenha entendido a referência, deixarei um texto para você nas sugestões lá no final).

Se alguém me pergunta por que ler um livro do John Green, a resposta vem fácil: porque ter um livro dele nas mãos é como estar com um amigo. Eles te fazem rir, emocionam, fazem o tempo passar mais rápido naqueles momentos chatos, ensinam lições importantes, mostram pontos de vista diferentes e, quando você termina, quando finalmente precisa deixá-los, a vontade que fica é de abraçá-los com força e não largar nunca mais. Mas, como acontece com todo bom amigo, os anos de distância não diminuem o sentimento.

Eu tinha 18 anos, fazia faculdade do outro lado da cidade e passava muita raiva nos transportes públicos quando decidi que era hora de trazer Hazel Grace e Augustus Waters para me ajudarem a enfrentar essa odisseia diária. Eu posso até não lembrar o que jantei ontem ou quem disputou a semifinal da Copa do Mundo, mas é impossível esquecer onde estava quando a cena da capela me fez chorar compulsivamente em público. “POR QUE FAZ ISSO COMIGO?”, pensei, em caps lock. “Sabe de nada, inocente”, respondeu a versão imaginada do John Green na minha cabeça.

As cento e vinte três caixas de lenços de papel foram só uma amostra do novo mundo que se abriria para mim, e não demorou muito para que eu desse gargalhadas com o Colin de O teorema Katherine (que tem uma habilidade sobre-humana de se apaixonar por meninas chamadas Katherine). Alguns anos depois, esbarrei com uma edição de Cidades de papel na estante da casa de uma prima. Eu pedi umas quarenta vezes, o que pode ou não ter envolvido tentativas de chantagem emocional, mas ela não quis me emprestar, porque era o “xodó” dela. Não teve jeito, eu precisei seguir a vida me contentando em assistir à adaptação de A culpa é das estrelas (e chorar nas mesmas cenas) mais um milhão de vezes e em ver a Cara Delevingne sendo linda no filme inspirado em Cidades de papel.

Foi aí que eu entrei na Intrínseca e Quem é você, Alasca? logo cruzou o meu caminho. Uma ida de ônibus para São Paulo e eu já estava arrebatada: nossa, que história! (Muitas pessoas me diziam que Alasca era melhor que Culpa, mas, como uma cinéfila que não consegue escolher entre Titanic E.T., recomendo que leiam os dois.) Pouco mais de um ano depois, recebemos o grande e esperado lançamento do autor, Tartarugas até lá embaixo (que eu li antes da minha prima porque o mundo dá voltas), e é obvio que após tantos livros e filmes inspirados nas obras dele eu já era uma fã de carteirinha (ou Nerdfighter, if you know what i mean).

De todos os livros do John Green, Tartarugas foi o único com o qual tive a oportunidade de trabalhar no departamento de marketing. Foi uma sensação totalmente diferente, porque me apaixonar pela Aza junto com tantos leitores tornou essa história ainda mais especial. Se tinha algo que faltava para o John marcar um “J” no meu coração, agora está tudo mais que completo. E, embora seja difícil encontrar quem veja o mesmo mundo que o meu, graças a ele eu encontrei milhares.

Por isso digo que os livros do John são aqueles amigos que ficam para sempre. Faz cinco anos desde que aprendi que “Alguns infinitos são maiores que outros”, e, mesmo depois de tanto tempo, de conhecer a complexidade da Alasca, de rir com as confusões do Colin, de explorar os mistérios da Margo e de mergulhar nos pensamentos da Aza, aqueles Hazel e Gus do primeiro livro estarão sempre convidados para cruzar a cidade — e a vida — junto comigo, porque o nosso infinito é maior que aquele entre 0,1 e 1.000.000.

P.S.: Todas as referências de Cidades de papel deste texto foram baseadas no filme, pois apesar dos anos e das voltas do universo, Julia jamais me emprestou seu exemplar.

 

Fonte: Site da Editora Intrínseca